style="width: 100%;" data-filename="retriever">
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Sobre a morte e o momento em que ela chegará, há quem acredite que são desígnios de Deus e que ninguém pode interferir. Chegou a nossa hora e a morte é inevitável. Tudo na mão de Deus. Mesmo para os que acreditam nisso, haverão de concordar que se não tem como evitar, ao menos podemos fazer uma força para que esses desígnios sejam prorrogados.
Não podemos concordar passivamente com a singeleza de que "vamos morrer mesmo" e nada fazer. Tomemos alguns exemplos. Se trafegarmos a 160 km por hora, embriagado, estamos contribuindo para essa antecipação da morte. Poderia ser evitado. Se estamos no lugar errado, com as pessoas erradas, corremos o risco de morrer por homicídio; se estamos com uma doença dita incurável, como dizem para alguns tipos de câncer, se não tratarmos com cuidado e fé, a vida poderá ser mais breve.
É o caso do coronavírus - Covid-19 dos nossos dias. Não fazendo nenhum esforço, morrerão centenas de milhares; com algum esforço morrerão menos e com muito esforço se evitará que milhares de pessoas antecipem a morte. Para esse esforço necessário, haverá um sacrifício. A economia do mundo e do Brasil sofrerá incalculável prejuízo. Está tudo paralisado. Entre nós seguramente um PIB negativo, muito desemprego, empresas levadas à falência e muita fome entre os menos favorecidos. Um caos completo.
Mas e a vida? Para prorrogarmos a vida não valerá esse sacrifício? O conserto da economia, com a união de todos, é possível; a morte, sem esforço para evitá-la, é inevitável, sem conserto. A opção pela prorrogação da vida não tem preço. O resto se resolve depois.
Superada a crise do vírus, é partir para resolver com o que sobrou. Espelhemo-nos no Japão do pós-guerra. O país ficou devastado, aniquilado, arrasado. O seu povo unido refez, das cinzas, um grande país, inclusive economicamente. Bastou o esforço comum.
Até agora noticia-se gastos próximos a R$ 1 bilhão. A sociedade brasileira pode recuperar, sem grandes dificuldades, esse "prejuízo". Basta a criação, por exemplo, de um imposto compulsório temporário, com valores mais expressivos, para os mais ricos, grandes empresas e até classe média em valores proporcionais. Em seis meses, a economia voltaria a patamares melhores do que se encontra hoje e o Brasil superaria essa crise com o auxílio de seu povo.
Para a classe menos favorecida, e que ainda não tem Bolsa Família, o auxílio que já foi criado de R$ 600 até que sejamos um país capaz de suportar os encargos de um povo desprotegido. É apenas uma sugestão que certamente encontrará alternativas melhores com nossos pensadores sobre economia. Bem, mas para isso precisamos de união em uma corrente solidária, sem exclusão por ideologia, ciúmes, interesses particulares e familiares.
Uma corrente convergente para um único fim, sem pensar em eleições e vitórias pessoais. Só assim será possível retomar a esperança de vencer, com sucesso, e prolongar o tempo de vida, já que não podemos escolher simplesmente entre esta e a morte que um dia virá, mas não precisamos antecipá-la por falta de cuidados que estão ao nosso alcance.